Minha gente, vocês acreditam nessa mentira do Diretor de Trânsito da CTTU?
Foi publicado hoje no Diario de Pernambuco (13/03/2011) uma declaração do Sr. Agostinho Maia (Diretor de Trânsito da CTTU), de que os guardas recebem orientação para não fazerem nenhuma discriminação de classe. E que devem tentar garantir a circulação e punir os veículos que são flagrados cometendo alguma infração, independente de classe. (grifo nosso)
Pra os menos avisados, não cometi erro gráfico escrevendo Diario sem acento pois este é um nome próprio e como tal, escreve-se como foi registrado. No caso em tela, no nome do jornal não tem acento na palavra Diario.
Mas, voltando ao tema do post, alguém acredita no que foi dito pelo Sr. Agostinho?
Antes de prosseguir, um alerta para o senhor Agostinho (ou para o reporter que redigiu a matéria): Ninguém pune um veículo. Eles não precisam de punição. Quem precisa é o condutor do mesmo. Os veículos (coitados!) não cometem nenhuma infração.
Bem, mas voltando ao assunto novamente, até acredito que os guardas recebam orientação para garantir a circulação mas, que recebam orientação para tratar a todos do mesmo modo, independente de classe, duvido muito. E se recebem certamente, pela própria experiência deles, terminam por traduzirem a orientação para "algumas pessoas merecem tratamento diferenciado pois, são pessoas poderosas e podem complicar minha vida".
Se, por exemplo, é um deputado, vereador, juiz ou promotor o condutor do veículo, já responde a abordagem mostrando ao guarda uma carteira diferenciada. O guarda de imediato já olha pra aquele "cidadão" de outro jeito. Se ele estava cometendo algum delito ( e claro que estava pois, caso contrário, pra que teria sido parado?) o mesmo já fica menor e o guarda já pode fazer vista grossa pra barbeiragem. Se o "cidadão" resolve tirar uma nota de pouca circulação de sua carteira pra "ajudar" a feira do guarda então, pode até estar bêbado, ter ultrapassado o sinal vermelho, ter feito um retorno ou manobra proibida ou ter cometido alguma outra infração que será instantanemaente perdoada.
Mas o parágrafo acima foi apenas uma fantasia a respeito de como não deveria um guarda de trânsito proceder. É claro que no Recife, os guardas de trânsito que servem na CTTU não procedem dessa forma!!
Agora falando sério: será que os guardas tratam todos os cidadãos da mesma forma, independente de classe? Na matéria do Diario de Pernambuco que motivou este post, publicada no Caderno Vrum na página 20, coluna "Qual é a bronca?", o taxista Pedro Vidal indaga quais os critérios desses guardas para o tratamento com os cidadãos condutores de veículos pois, o sentimento dele é de que há uma discriminação com os taxistas. Eu acrescentaria: não são só os taxistas que recebem essa discriminação. Também os motoristas de ônibus são tratados de forma diferenciada. Assisto todos os dias os motoristas de ônibus nas ruas do Recife cometerem as maiores barbaridades no trânsito e não tenho notícia de que algum deles tenha sido punido por alguma multa. Sabem por que? Também eu não sei a razão.
Posso imaginar, fazendo alguma fantasia ou alucinação, que os ônibus são de propriedade de pessoas que finaciaram a campanha de muitos veredadores ou de deputados e até de senadores ou de prefeitos, que se receberem uma multa, não devem ficar satisfeitos com o "resultado" de seus "investimentos".
Então, meus caros leitores, será que alguém acredita nessa história da carochinha? Que não existe diferenciação no tratamento de pessoas que conduzem seus veículos no trânsito do Recife?
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