quarta-feira, 27 de abril de 2011
A modernidade não chegou no mundo dos Correios
Apesar de estarmos no século XXI, já na sua segunda década, onde já se fala até de mulheresrrobôs, teletransporte, misturas de DNA humano e animal, superpoderes de alienígenas, etc., o mundo dos Correios ainda vive na pré-história. É verdade que algumas coisas por lá já são informatizadas mas, não se compreende por que, outras ainda são tão obsoletas.
Para que se tenha uma idéia, fui postar dezoito correspondências com AR (aviso de recebimento) e, para surpresa minha, após ter digitado cada correspondência através de um programa de mala direta, onde você tem um arquivo mestre e insere campos que serão alimentados por um banco de dados externo, podendo assim fazer com que cada correspondência seja individualizada, embora todas tenham o mesmo teor, você só digita uma mensagem e, ao final, imprime dezoito ou quantas se queira, cada uma diferente da outra. Isso, é claro, não é novidade e nem é uma coisa do outro mundo. Estou citando apenas para mostrar a disparidade entre os procedimentos que relatarei a seguir. Já existe isso há muito mais de 20 anos! Imprimi e colei todas com etiquetas que também não foram digitadas uma a uma. Apenas utilizei o banco de dados – o mesmo utilizado para individualizar as correspondências mencionadas – tanto do remetente como dos destinatários. Isto é, nada foi feito manuscrito. Tudo foi quase automatizado.
Ao chegar nos Correios, para poder postar as correspondências, foi necessário preencher, de modo manuscrito, cada um dos dezoito AR. Preenchendo não só os nomes e endereços completos (incluindo os CEP) dos destinatários como também nome e endereço completo do remetente, tudo isso em quadrículas de folha de dados para computador que só era usado para programação em computação na década de 60 do século passado, isto é, há mais de 50 anos atrás. Naquele tempo, para se redigir uma linguagem de programação para ser lida pelo computador (utilizei o B-500 na UFPE), era necessário escrever tudo em cartões perfurados que, por sua vez, eram formatados pela máquina após alguém digitar o texto dos papeis que eram escritos com um caracter em cada quadrícula. Mas isso foi há um longo tempo atrás!!!
Pois bem, mas os Correios ainda utilizam a mesma tecnologia daquela época em relação às cartas com AR. E o pior: no campo relativo ao destinatário, o espaço entre um caracter e outro é mínimo! Mal dá para escrever um ponto ou uma vírgula, quanto mais uma letra!!! E mais: não há qudrículas suficientes para colocar um endereçamento grande como alguns que mencionam número de quadra, de alameda, nome de condomínio e etc. No final das contas, tem-se que escrever mesmo fora das quadrículas para o endereçamento não ficar incompleto.
Apenas a título de sugestão para o Diretor daquela outrora empresa modelo: crie uma espécie de etiqueta (que pode ser até disponibilizada na internet) que poderá ser digitada pelo funcionário com os dados do remetente e do destinatário. Se achar que o funcionário não pode fazer isso para não perder tempo, disponibiliza um terminal para que o usuário digite ou, se tiver trazido de casa, transfira para a etiqueta através de um CD ou de um pendrive. Não se justifica, é para mim inconcebível, ter que escrever o endereçamento, com uma caneta comum, em papel, como se escrevia há décadas atrás, cartas manuscritas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Corroborando.
Ainda como sugestão há também o exemplo da nota fiscal eletrônica que é um conceito atual e funciona hoje no país inteiro sem problemas.
Como funciona: o contribuinte baixa um programa em sua máquina e esse programa gera uma ‘ficha’ com todos os dados relativos àquela demanda gerando um código com 40 posições (no caso dos correios poder-se-ia gerar um código de barras).
Que tal?
Cordialmente,
Marco Buonora
Aqui em Portugal também existem vários serviços que deveriam acompanhar os tempos...
Até breve:)
Postar um comentário